Anastrozol e Efeitos Colaterais a Longo Prazo: O que os Pacientes Precisam Saber

Anastrozol e Efeitos Colaterais a Longo Prazo: O que os Pacientes Precisam Saber mai, 7 2023

O que é o Anastrozol e como ele funciona

Anastrozol é uma medicação utilizada principalmente no tratamento do câncer de mama em mulheres na pós-menopausa. Ele é classificado como um inibidor de aromatase, o que significa que bloqueia a ação da enzima aromatase. Esta enzima é responsável pela conversão de andrógenos em estrógeno no organismo. Como o estrógeno pode estimular o crescimento de células de câncer de mama, ao inibir a produção dessa substância, o Anastrozol ajuda a reduzir o risco de recorrência do câncer.


Por ser uma medicação eficaz, muitas pacientes passam por tratamentos prolongados com Anastrozol, que podem durar até cinco anos. No entanto, é importante estar ciente dos efeitos colaterais a longo prazo que podem ocorrer durante o tratamento. Vamos abordar alguns desses efeitos e como lidar com eles.

Osteoporose e risco de fraturas

O uso prolongado de Anastrozol tem sido associado a um aumento do risco de osteoporose e fraturas. Isso ocorre porque o estrógeno é importante para a manutenção da densidade óssea e, ao inibir sua produção, o Anastrozol pode levar ao enfraquecimento dos ossos.


É fundamental que as pacientes em tratamento com Anastrozol façam acompanhamento médico regular, e realizem exames de densitometria óssea para avaliar a saúde dos ossos. Além disso, é importante manter uma alimentação adequada, rica em cálcio e vitamina D, praticar exercícios físicos e, em alguns casos, utilizar medicamentos para fortalecer os ossos, conforme orientação médica.

Fadiga e fraqueza muscular

Muitas pacientes relatam sentir fadiga e fraqueza muscular durante o tratamento com Anastrozol. Isso pode ser resultado da redução dos níveis de estrógeno, que afeta a energia e a força muscular. Embora possa ser difícil lutar contra a fadiga, é importante manter-se ativo e praticar atividades físicas, mesmo que leves, como caminhadas e alongamentos.


Além disso, é fundamental garantir uma boa qualidade de sono e evitar o estresse, que pode agravar a sensação de cansaço. Caso a fadiga persista ou prejudique as atividades diárias, é importante conversar com o médico, que poderá ajustar a dose do medicamento ou indicar outras estratégias para lidar com esse efeito colateral.

Problemas articulares e dores musculares

Dores nas articulações e músculos são efeitos colaterais comuns em pacientes que utilizam Anastrozol. Essas dores podem ser leves ou intensas e afetar diferentes áreas do corpo. Para aliviar esses sintomas, é importante manter uma rotina de exercícios físicos, que ajudam a fortalecer os músculos e manter as articulações saudáveis.


Além disso, o uso de analgésicos, como paracetamol e anti-inflamatórios, pode ser indicado pelo médico para alívio das dores. Em alguns casos, a fisioterapia também pode ser recomendada para ajudar a melhorar a mobilidade e reduzir a dor.

Alterações no humor e na função cognitiva

Algumas pacientes podem apresentar alterações de humor, como ansiedade e depressão, e dificuldades de concentração e memória durante o tratamento com Anastrozol. Isso pode ser resultado da redução dos níveis de estrógeno, que afetam o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso.


É importante conversar com o médico caso esses sintomas sejam severos ou prejudiquem a qualidade de vida. Além disso, a terapia e o apoio psicológico podem ser úteis para lidar com essas alterações emocionais e cognitivas. Práticas de relaxamento, como meditação e ioga, também podem ajudar a aliviar o estresse e melhorar o bem-estar emocional.

Alterações na saúde cardiovascular

Embora seja raro, o uso de Anastrozol pode aumentar o risco de eventos cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral. Isso ocorre porque o estrógeno tem um papel protetor na saúde cardiovascular, principalmente no controle dos níveis de colesterol.


Para reduzir esse risco, é fundamental manter uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes, grãos integrais e gorduras insaturadas, e pobre em gorduras saturadas e açúcar. Além disso, a prática regular de exercícios físicos e o controle de fatores de risco, como hipertensão, diabetes e tabagismo, são essenciais para manter a saúde cardiovascular.